Amanda,
amiga, és bife pra frios corações,
Precioso
cofre de ouro, tocha ardente do amor,
Fole
de meus suspiros, mata-borrão da dor,
Areia
de meus males, bálsamo de aflições,
Chama
de minhas velas, de meu prazer manjar,
Bacio
de meu descanso, da poesia clister,
Néctar
de minha boca, rol de gozos pra ver,
Lugar
de reverências, mestra de bem zombar.
Um
poço de virtudes, calendário de meu tempo,
Facho
de devoção, fonte de encantamento,
Tu,
abismo profundo cheio de manhãs amenas,
Maçapão
de minh’alma, e das línguas melaço,
E
tudo o mais, amiga, que aqui deixar não posso.
Pinça
de meus tormentos e espanador das penas.
Anónimo
Alemanha
Séc. XVII
Trad.
João Barrento
in
Rosa do Mundo – 2001 poemas para o futuro
Editor:
Assirio & Alvim
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